Talvez não seja de conhecimento de todos, mas a pequena princesa, que ingressou no 3º ano do ensino primário, havia sendo vítima da prática de 『いじめ』, conhecida no ocidente como bullying.
Em virtude disso, no último trimestre, ela chegou a se afastar das aulas por um período, e segundo a assessoria de imprensa, 『通学(つうがく)に強(つよ)い不安感(ふあんかん)がある』, ou seja, "há uma forte insegurança em frequentar aulas".
O que me impressiona é o fato de crianças da 2ª série, de 7 ou 8 anos, serem capazes de maltratar uma princesa. Fico pensando se falta capacidade de discernir as coisas ou se é justamente o contrário: preconceito contra alguém que é "diferente" dos demais.
O artigo termina com:
『7日(なのか)には皇太子(こうたいし)ご一家(いっか)が同校(どうこう)を訪(おとず)れ、約(やく)2時間(じかん)にわたって校内(こうない)を見(み)たり、教師(きょうし)と懇談(こんだん)するなどした。』
Eu não pude deixar de me imaginar na situação dos professores! Por mais que essa escola deva ser frequentada só pela elite da elite, como filhos de donos de multinacionais e grandes formadores de opinião, e portanto deva contar com funcionários muito bem treinados para lidar com pessoas poderosas e influentes, convenhamos... imaginem ter que fazer sala para o príncipe e a princesa, durante duas horas?!
Claro que são duas presenças ilustres, como deve ser para qualquer escola inglesa que venha a receber a Rainha Elizabeth, por exemplo. Mas a questão é: lidar com o formalismo extremo, indispensável em tais ocasiões, não deve ser fácil. Acredito que até mesmo para os padrões japoneses, que já é formal por natureza, deva ser algo altamente estressante, exigindo excelente postura e comunicação.
Mas ainda assim, se fosse comigo, e eu tivesse que optar entre receber o Príncipe Naruhito e o Presidente Lula, eu não teria dúvidas: estudaria todo o protocolo imperial de cabo a rabo, ensaiaria todas as possíveis falas e diria um "não, obrigado" ao mais ilustre aluno do Professor Pasquale, Luiz Inácio da Silva.
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