sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

John

O texto abaixo é de autoria do meu amigo Léo, que assim como eu, é grande fã do John.

Que John?

Ora, quando se diz apenas "John", fica implícito "Lennon".

A pedido do autor, estou publicando a homenagem, e gostaria que todos lessem.



08 de dezembro de 1980 – Edifício Dakota - Nova Iorque - John Winston Lennon

No dia 08 de dezembro de 1980, quatro anos antes de eu nascer, um rapaz de óculos grossos e atitudes estranhas fez algo improvável, utilizando-se do subterfúgio de ter lido mensagens subliminares no livro "O Apanhador no Campo de Centeio"¹ (que tive o prazer ou o desprazer de ler recentemente), assassinou Lennon à queima-roupa.

Época em que o cantor, escritor e compositor tinha voltado à ativa, e lançado o disco "Double Fantasy" (novembro de 1980), após cinco anos de reclusão, cuidando de seu pequeno filho, Sean Lennon, fruto de sua perturbada relação com Yoko Ono.
Nesse disco, destaques para "Watching the Wheels" e "Woman".

Lennon, apesar de um artista e pessoa muito contraditória e por vezes insuportável, deixou na música marcas que dificilmente serão apagadas. Desde a parceria com Paul Mccartney, até à confusa, porém amorosa parceria com Yoko Ono.

Provavelmente a primeira união supracitada tenha rendido melhores frutos musicais, mas não nos esqueçamos de obras como "Imagine", "God", "Love"; e apesar de Yoko não ter ajudado fortemente em criações de peso, talvez tenha trazido mais confusão à cabeça de John, fazendo com que atingisse seu ápice em composições e arranjos.

Podemos odiar as atitudes Lennonianas, adorar suas músicas; mas certamente seu legado perdurará por muito tempo. Mesmo que os espíritos pobres tentem popularizar a cultura superior, espero que poucos como ele apareçam, pois a massificação do classicismo talvez não seja a melhor saída; apesar de clamarmos por atitudes radicais e semi-radicais em relação à cultura atual.

Por fim, agradecemos pela obra deixada, assim como a de todos os artistas de boa qualidade falecidos, que tremem no caixão a cada nova “aberração musical”.

E friso aqui e agora, John Winston Lennon não queria morrer naquela noite de dezembro de 1980, ele não previu sua morte em frente ao Edifício Dakota, não imaginava perder 80% de seu sangue com um dos tiros em sua aorta.

Porém, todos nós morremos, mas os bons morrem antes...

Seria essa a resposta?



1
- O Apanhador no Campo de Centeio: Livro sobre um jovem que está em uma espécie de metamoforse comportamental e social, e conta sobre suas frustrações e desejos futuros.
- The Catcher in the Rye -1951, por J .D. Salinger.
- Escritor que hoje tem 90 anos.
- O autor pode dormir de consciência tranquila quanto ao assassinato, não muito em relação à qualidade do livro.



Leonardo Dias Guimarães. 09/12/09. Arapongas/PR.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito obrigado pela postagem!!!