Algumas semanas atrás, conversei com o Claudio-san pelo Twitter sobre palavras que são pronunciadas de maneira errada no nosso cotidiano!
Bom, desde que você consiga transmitir a informação de maneira eficaz, não tem tanto problema errar a pronúncia, mas é sempre bom conhecer a forma correta, concordam?
Vamos começar com duas que estão co-relacionadas:
Bom, desde que você consiga transmitir a informação de maneira eficaz, não tem tanto problema errar a pronúncia, mas é sempre bom conhecer a forma correta, concordam?
Vamos começar com duas que estão co-relacionadas:
"Ontem, no /ju.'do/, caí feio no /ta.'ta.mi/..."
"Judô" e "tatame" são as versões aportuguesadas de 『柔道(じゅうどう)』, /'jū.dō/ e 『畳(たたみ)』, /ta.ta.'mi/. Aí fica a dúvida, né? Por que "tatame"? Deve ser para se encaixar nos padrões da gramática portuguesa, mas vai contra o bom senso, na minha opinião.
Próximo caso:
Próximo caso:
"Pode ter /ti.su.'na.mi/ em /na.ga.'za.ki/!"
Respectivamente: 『津波(つなみ)』, /tsu.na.'mi/ e 『長崎(ながさき)』, /na.''ga.'sa.ki/.
Tudo bem que a pronúncia /tsu/ não existe no português, no inglês, imagino que no espanhol também não etc. Mas convenhamos... é difícil? Ora, no alemão existe o som /tsi/, como em "Joseph Ratzinger", mas nem por isso é pronunciado /ti.si/, certo?
Quanto à cidade que sofreu o segundo ataque nuclear na 2ª Guerra, é com som de /s/ mesmo, e não /z/. Isso vale também para a fabricante de motos, Kawasaki: /ka.wa.'sa.ki/, não /ka.'va.za.ki/.
Aliás, aqui no Brasil existe a mania de pronunciar o /w/ com som de /v/. Coitado do Wolverine, fica "Volverine"! O Darwin vira "Darvin"! Mas o nome Wilson não vira "Vilson"... qual é a regra, então?
Não sei, acho que é como uma anarquia, nesse aspecto. Talvez predomine o que é mais comumente falado, mas que não tem nexo, não tem mesmo.
Talvez a responsável por isso seja a Volkswagen, mas aí também existe uma incoerência. Na pronúncia alemã, de fato o /w/ tem som de /v/, mas o /v/ tem som de /f/!
Bom, vamos voltar ao japonês, porque já gastei todo o meu conhecimento de alemão.
Sabem aquele pássaro feito em origami, o 『つる』 (Gruidae, segundo a Wikipedia)? No Brasil é pronunciado /tsu.'ru/, seguindo a mesma regra existente em "caju", por exemplo, em que palavras terminadas com "u" são oxítonas.
Mas... em japonês é /'tsu.ru/, ok?
Aliás, a própria palavra 『おりがみ』 também pode ser citada como exemplo. Em vez de /o.ri.'gã.mi/, procure pronunciar /o.ri.ga.'mi/, se for falar em nihongo.
Outra palavra que se popularizou por aqui, embora bem depois do origami, foi 『しいたけ』, o cogumelo. É, não tem como exigir que no Brasil seja pronunciado /'shī.ta.ke/, com um /i/ longo, mas mesmo assim soa bastante desconfortável ouvir:
Tudo bem que a pronúncia /tsu/ não existe no português, no inglês, imagino que no espanhol também não etc. Mas convenhamos... é difícil? Ora, no alemão existe o som /tsi/, como em "Joseph Ratzinger", mas nem por isso é pronunciado /ti.si/, certo?
Quanto à cidade que sofreu o segundo ataque nuclear na 2ª Guerra, é com som de /s/ mesmo, e não /z/. Isso vale também para a fabricante de motos, Kawasaki: /ka.wa.'sa.ki/, não /ka.'va.za.ki/.
Aliás, aqui no Brasil existe a mania de pronunciar o /w/ com som de /v/. Coitado do Wolverine, fica "Volverine"! O Darwin vira "Darvin"! Mas o nome Wilson não vira "Vilson"... qual é a regra, então?
Não sei, acho que é como uma anarquia, nesse aspecto. Talvez predomine o que é mais comumente falado, mas que não tem nexo, não tem mesmo.
Talvez a responsável por isso seja a Volkswagen, mas aí também existe uma incoerência. Na pronúncia alemã, de fato o /w/ tem som de /v/, mas o /v/ tem som de /f/!
Bom, vamos voltar ao japonês, porque já gastei todo o meu conhecimento de alemão.
Sabem aquele pássaro feito em origami, o 『つる』 (Gruidae, segundo a Wikipedia)? No Brasil é pronunciado /tsu.'ru/, seguindo a mesma regra existente em "caju", por exemplo, em que palavras terminadas com "u" são oxítonas.
Mas... em japonês é /'tsu.ru/, ok?
Aliás, a própria palavra 『おりがみ』 também pode ser citada como exemplo. Em vez de /o.ri.'gã.mi/, procure pronunciar /o.ri.ga.'mi/, se for falar em nihongo.
Outra palavra que se popularizou por aqui, embora bem depois do origami, foi 『しいたけ』, o cogumelo. É, não tem como exigir que no Brasil seja pronunciado /'shī.ta.ke/, com um /i/ longo, mas mesmo assim soa bastante desconfortável ouvir:
"Me vê esse com recheio de /shi.'ta.ke/!"
Bom, existem vários outros exemplos, mas o que quis passar aqui é que, ao falar com um nativo, é melhor esquecer a pronúncia abrasileirada, pois dependendo da palavra, há o risco da pessoa simplesmente não entender o que você quer dizer!
Alguém lembra de outro caso comum?
Alguém lembra de outro caso comum?