quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Notícia - Hachikō contracenando com Richard Gere

Uma notícia bombástica para mim.

Estava indo dormir, mas quando abri o link pelo Google Reader e me deparei com algo que nem imaginava que aconteceria, mudei de idéia e cá estou digitando novamente.

Não sei se todos conhecem a comovente história do Hachikō, um cão da raça Akita (minha raça favorita, tanto é que tenho uma fêmea chamada Miwa).

Bom, é uma história comovente, uma das mais bonitas que já ouvi, e o melhor: é real.

Hachikō com sua expressão triste

Explicando rapidamente, o professor de agronomia Ueno Hidesaburō ia todos os dias de manhã para a estação de Shibuya, onde pegava o trem para ir trabalhar. E todos os dias levava seu fiel companheiro Hachikō, que após a ida de seu dono, voltava sozinho para casa.

Lá pelo final da tarde, Hachikō retornava à estação, onde ficava esperando pelo retorno do dono. Porém, certo dia, o professor Ueno sofreu uma parada cardíaca e faleceu enquanto lecionava.

No entanto, Hachikō, que naturalmente não sabia disso, ficou esperando seu dono até tarde, naquele dia. Mas como este não voltou, foi embora.

No dia seguinte, Hachikō foi novamente à estação, na esperança de encontrar seu dono novamente. Mas claro que isso não ocorreu, portanto ele foi embora sozinho mais uma vez.

Surpreendentemente, Hachikō estava lá de novo, no dia seguinte. E no próximo também. Na semana seguinte também. No próximo mês idem.

E assim o tempo foi passando.

E eis o dado mais incrível da história: Hachikō continuou indo até a estação no mesmo horário todos os dias à espera de seu dono, durante os 11 anos que se passaram até morrer de velhice, no dia 8 de março de 1935.

Claro que, ao longo de todo esse tempo, as pessoas começaram a notar a presença do cão no mesmo lugar, todos os dias. Até que resolveram fazer uma estátua de bronze em sua homenagem, por toda a imensa lealdade que demonstrou ao dono.

Porém, na Segunda Guerra, todos os objetos de metal foram confiscados e destinados à produção de armamentos, inclusive a estátua de Hachikō. Mas felizmente, em 1948 ela foi reconstruída pelo filho do artista que construíra a versão original.

Hoje ela se encontra em frente à estação de Shibuya, como o símbolo máximo da lealdade do melhor amigo do homem:


Ok, agora todos conhecem o Hachikō, que inclusive virou filme em 1987, uma produção japonesa. Eu assisti quando era pequeno, e desde então tento encontrar uma cópia para reassistir, mas até agora sem sucesso!

Bom, a notícia é que foi feita uma versão Hollywoodiana, estrelando Richard Gere no papel do professor Ueno. É todo adaptado, com os nomes e locais diferentes, mas pelo trailer, que pode ser conferido abaixo, a história foi mantida de maneira bem fiel:



No Japão já foi exibido no ano passado, mas não há data certa pra estrear no Brasil! Nos EUA está previsto para dezembro desse ano.

Para mais informações, visitem o site oficial e o imdb.

Confesso que me emociono toda vez que penso na história dele.


Update: consta que exatamente no dia 14 de agosto de 1945, a estátua de Hachikō foi derretida e virou componentes de uma locomotiva!

4 comentários:

William Koch disse...

No blog do Shigues tem um post com mais detalhes sobre esta história e o link pro filme original.
http://shigues.wordpress.com/2009/05/25/o-cao-mais-leal-do-mundo/

Anônimo disse...

Nossa que perfeito isso!! Parabéns por mostrar essa história linda :)

Gabriel disse...

Hehe obrigado!
Mas não precisa agradecer, pois essa é uma história que merece ser contada!
Acredito que com o filme, o Hachiko vai ganhar muitos novos fãs!
:)

Cris disse...

Que legal!
Eu assisti quando criança e ano passado assisti de novo no curso da Aliança. :) Pena que umas partes a professora passava rápido, senão não ia dar tempo de ver até o final. Mas as partes mais emocionantes nós pudemos ver! É uma história muito bonita e tocante.