quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O que não fazer no Japão

みなさん、ごぶさたしております。

Faz tempo mesmo desde o último post, por isso àqueles que ainda me acompanham fielmente, peço desculpas pelo relaxo. É verdade que, nesse meio tempo, teve até 結婚式けっこんしき, casamento, do meu 兄・あに, irmão mais velho, mas só isso não justifica minha ausência!

Mas, para me redimir, concluí um post até interessante, sobre coisas que não devem ser feitas no 日本. Para quem se perguntou "Mas e quanto às coisas que devem ser feitas no 日本?", basta fazer uma busca pelo blog, mas num breve futuro, pois é um post que ainda não fiz!

Bom, vamos lá:


1. Não chegue atrasado a compromissos.

Se você marcou um encontro, pessoal ou profissional, faça de tudo para ser pontual. Diferentemente do Brasil, um compromisso às 16:00, por exemplo, começa às 16:00, e não às 16:15.


2. Não erre o nome das pessoas.

Errar ou confundir o nome dos outros é uma gafe que deve ser evitada em qualquer país ou cultura, mas especialmente no Japão, e mais especialmente ainda se tratando do sobrenome. Por quê? Porque lá, por lei, as pessoas podem ter apenas um sobrenome e um nome (salvo o caso de mestiços, que sinceramente não sei como funciona), o que os torna muito orgulhosos em relação a cada um.

Portanto, na dúvida, é até menos pior não chamar um 中田(なかた)さん pelo nome do que chamá-lo de 田中(たなか)さん.


3. Não fale alto em público.

Isso, para mim, deveria ser cultivado no mundo inteiro; é o princípio de que ninguém além do(s) seu(s) interlocutor(es) têm a ver com a sua conversa, portanto não precisam escutá-la. No Brasil, não são raras as situações que beiram o ridículo, com pessoas que berram pra que todos no recinto saibam de sua maravilhosa viagem a Paris (que muitas vezes foi parcelada em 10x pela CVC) ou do seu carro importado recém-comprado (em 80 parcelas).


4. Não fale ao celular em transportes públicos.

Tem a ver com o tópico acima, mas é mais específico: a norma japonesa diz que em trens, metrôs, ônibus etc. o celular pode ser usado para e-mail, SMS, navegar na internet, jogos (sem som ou com fone de ouvido) etc., mas não para ligações.


5. Nunca presenteie um japonês com CD de sertanejo.

"Nunca" significa jamais, em hipótese alguma. A não ser que você queira passar vergonha, nem sequer cogite dar um CD de dupras çertanejas a um nativo, pois ele pode até dizer depois que gostou, mas pode ter certeza que será só por educação. Além disso, essa epidemia que se alastrou no Brasil é problema exclusivo do Brasil; vamos colaborar e poupar o Japão desse desgosto.

Se quiser mesmo comprar um CD como プレゼント, escolha algo de bom gosto, como Tom Jobim, Chico Buarque, Elis etc.


6. Não olhe fixamente nos olhos da pessoa com quem está conversando.

Isso pode soar como o inverso da lógica ocidental, e é mais ou menos por aí. Olhar fixamente nos olhos, o que lá é chamado de 『ジロジロ見(み)』, é considerado desrespeitoso, pois pode deixar a pessoa constrangida. Portanto, olhe nos olhos, mas lembre-se de desviar o olhar com certa frequência.


7. Não cumprimente as mulheres com beijinho.

Por mais que você esteja acostumado a dar beijinhos nas amigas brasileiras, jamais tente reproduzir isso com as japonesas, a não ser que você queira correr o risco de ser acusado de セクハラ, "sexual harassment". Ainda que o Japão tenha se ocidentalizado bastante, especialmente nas últimas duas décadas, eu, particularmente, duvido que algum dia esse hábito fará parte dos seus cumprimentos rotineiros.


8. Não fume em qualquer lugar.

Os japoneses são muito estressados, e uma das consequências disso é a alta porcentagem de fumantes. Mas isso não quer dizer que é permitido acender um cigarro em qualquer lugar; é importante observar as placas nas calçadas, e se atentar para os fumódromos estrategicamente localizados.


9. Nunca dirija alcoolizado.

A lei japonesa, diferentemente da nossa magnífica legislação brasileira, não é tolerante com assassinos que enchem a cara e saem cometendo barbaridades à vontade pelas ruas e rodovias. Fiz uma breve pesquisa na Wikipédia, e a lei contra idiotas alcoolizados funciona da seguinte maneira:

Se, no teste de bafômetro, forem detectadas entre 15 a 25 mg de álcool, a pena é de até 3 anos de cadeia ou multa de até ¥500.000 (cerca de R$10.000).

Mas se for superior a 25 mg, são até 5 anos ou ¥1.000.000, o dobro do valor. Sim, acho que sai mais barato pegar um táxi, a não ser que você esteja em uma 居酒屋・いざかや em Tóquio e more em Hiroshima.


Claro, isso é apenas a minha percepção, e todos são livres para discordar! Aliás, ia escrever 10 tópicos, mas em vez disso, vou deixar aberto para quem queira compartilhar algum ponto de vista ou experiência pessoal! おねがいします!





3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, post super interessante, muito obrigado!
Felizmente sabia dessas coisas antes de ir ao Japão, mas tem uma coisa que me deixou um pouco preocupado! rsrs
Eu fui através de uma bolsa, e nós fizemos uma dinâmica com alguns estudantes japoneses. Uma das dinâmicas foi uma em que nós fizemos uma roda para fazer jikoshoukai. Todos se apresentaram para mim (eu era o único estrageiro e não descendente) e no final pediram para que eu repetisse o nome de todo mundo.
Foi muito difícil, havia cerca de 20 pessoas. Lembrei o nome de alguns e arriscava quando eu achava que sabia o nome da pessoa, mas quando eu não fazia ideia nem tentava. Cheguei a errar o nome de alguns. Será que foi uma gafe muito grande?

Anônimo disse...

olá,eu quero dizer que gosto muito do japão desde que aconteçeu aquelea tragédia da tsunamy e do terremoto em março ai do nada começei a me entereçar pela cultura nipÔnica ai me apaixonei pelo japão, mesmo tendo 16 anos espero que quando crescer poder morar la mesmo não sendo descendente nem nada espero aprender japones fluentemente e me naturalizar japones até mais abraços .

Anônimo disse...

olá , bem eu gosto muito do japão e eu começei a gostar desde aquele desastre do tsunamy e do terremoto em março ai do nada começei a me enteressar pela cultura nipônica mesmo não sendo descendente de japones e mesmo não sendo nada de japones adoro o japão , até mais abraços .