terça-feira, 7 de abril de 2009

Sentença do ex-presidente FujimÓri

Quem assistiu o JN agora há pouco deve ter escutado os repórteres falando "Alberto Fujimóri", o que me doeu nos ouvidos.

Tudo bem, eles não têm obrigação de saber que em japonês não existem esses sons abertos, mas o certo é "FujimÔri".

É, de fato isso não é nada em comparação com "...risco de TISSUNAMI", como é comum escutar...

2 comentários:

Henrique disse...

Isso é preconceito linguístico...

Por um acaso você fala pro japonês que não se fala "botan" mas sim "botão"? Ou então "arbeit" ao invés de "arubaito"?

Como você pronuncia "catchup"? E "cream cracker"?

3 vivas para a variação linguística!

Gabriel disse...

Preconceito linguístico?

Vamos ver se você tem embasamento para dizer isso.
Por que os japoneses pronunciam "botan" e "arubaito", ao invés de "botão" e "arbeit", respectivamente?
Porque o idioma deles tem uma grande carência em fonemas.

Agora... por quê aqui no Brasil escutamos coisas do tipo Fujimóri e tissunami?
Por falta de conhecimento.
Mas a verdade é que isso pouco importa para quem não estuda japonês, da mesma maneira que para os japoneses não importa se uma palavra tem origem portuguesa ou alemã, ou quão distante da pronúncia original ela está, desde que seja eficaz.

Por acaso chamei os repórteres de burros ou ignorantes por pronunciarem um "o" aberto no lugar de um fechado? Claro que não, afinal qual a obrigação que eles têm de saber a pronúncia exata de um sobrenome japonês? Nenhuma. Eles também só precisam ser eficazes, não cirurgicamente precisos em relação a um detalhe ao qual poucos vão dar importância.

Mas isto não é um blog jornalístico, e sim um blog sobre cultura e educação, que por natureza dá sim importância a detalhes de pronúncia. Se não lhe incomoda ouvir pessoas na mídia dizendo "Gustavo Kuérten" ou "Rubens Barrixélo", tudo bem, senso crítico pra quê, né? Mas enquanto houver leitores do meu blog que, como eu, se importam com essas nuances dos termos japoneses, continuarei sim expondo os erros comumente cometidos pelos brasileiros, quer você interprete isso como preconceito linguístico ou não.

Eu não deveria nem responder um comentário desse tipo, e tampouco vou voltar a publicar algo semelhante. Aceito críticas que sejam construtivas, não comentários arrogantes de pessoas que queiram demonstrar mais conhecimento que os outros e provocar uma discussão tola.

Ok?